16 de maio de 2009

Umberto Eco - (Entre)Vista

O Belo e o Feio

O que é o belo?
Porque dizemos que uma coisa é bela e outra é feia?
Porque é que uma coisa é feia em determinado momento e noutro momento é bela? Que critérios regem os nossos conceitos sobre o que consideramos belo e o que consideramos feio?

As nossas opções reflectem os nossos gostos e estes têm por base os conceitos que formamos sobre as coisas. Escolhemos em função da beleza e rejeitamos em função da fealdade. Todavia, os conceitos de belo e de feio estão sempre em movimento e se em certos contextos o belo e o feio se excluem mutuamente, outros contextos há em que belo e feio convivem saudavelmente e precisam um do outro para se completarem.
Mas, como é que em determinado momento uma coisa hedionda se torna bela para um grupo ou vice-versa?
Umberto Eco (n. 5 de Janeiro de 1932), reputado escritor italiano, põe-nos a reflectir sobre o belo e o feio, nos seus dois livros, História da Beleza e História do Feio.

10 de maio de 2009

Cão Cabeçudo de Daniel Pennac

Como bem referiu Michel de Certeau, um erudito e jesuíta francês, o leitor é uma espécie de "caçador furtivo", cuja viagem pela leitura se concretiza por caminhos errantes, cheios de declives e de inesperados... Mergulhado precocemente na magia das histórias da infância, este leitor trilha um itinerário de leituras que ele próprio vai escolhendo e descobrindo, numa aventura de prazer com os textos que supera qualquer programa prévio. Nesta aventura com os textos, o leitor vive o prazer de imaginar, de sonhar, de aprender, de se auto-conhecer, de se formar e de se informar.

E foi em nome deste leitor errante que fugi ao prometido e li num serão um outro livro que não tinha programado, Cão Cabeçudo, de Daniel Pennac. Um livro que aconselho a todos, de todas as idades, e cuja história nos mostra que podemos sempre ser melhores pessoas do que aquelas que julgamos ser.