4 de maio de 2009

O livro digital irá destronar o livro impresso?

Reinaldo Fonseca (Recife, 1925)
Sim 8 (27%)
Nunca 16 (55%)
Talvez 3 (10%)
Não faço ideia 2 (6%)

A julgar pela opinião dos nossos visitantes, o livro continuará bem vivo. Li algures que a viagem da leitura é uma viagem tremenda. Sentimos que algo mudou em nós depois de termos lido um bom livro. Ao contrário, depois de termos assistido a um bom programa de televisão, se quisermos lembrá-lo passados uns tempos, teremos muita dificuldade em o conseguir e o que lembrarmos assemelha-se a uma película de verniz que vai desaparecendo por completo.
Talvez pelo conforto ou pela força do hábito, o livro em formato papel moldou os nossos hábitos e gestos, de tal forma que, para muitos, conforme uma anedota castelhana, um homem com um aspecto terrífico, caminhando na escuridão da noite, fazendo-se acompanhar de livro na mão, é um homem que não há que temer. Isto, também principalmente porque a ideia de livro sempre andou associada a mais cultura. Claro que nem sempre é verdade. Todavia, nos livros, impressos ou outros, temos a oportunidade de sair de um quotidiano enfadonho e de sentir que os dias se tornaram mais ricos, porque viajámos, porque conhecemos outros lugares e outras personagens, ou simplesmente porque esquecemos uma dor de alma, durante a viagem da leitura. Quanto ao livro digital, até ao momento, não me parece que tenha o mesmo efeito que o livro transportado pelo homem de aspecto terrífico...

1 comentário:

Nancy Marchioro disse...

Assim como quando surgiu a televisão muitos diziam que o cinema iria morrer, talvez seja o destino do livro em papel. Um dos grandes detratores do livro digital é o cansaço na leitura que hoje com o Kindle2 http://bit.ly/XkDCa pode vir a mudar nosso comportamento. De qualquer forma será interessante qual o destino que irá transparecer nos próximos anos. Obrigada pela viagem!