15 de janeiro de 2009
Isabel Revelles aconselha - 9º B
Diário de Bordo: O nosso Nobel da Literatura
13 de janeiro de 2009
Diário de Bordo
Vieira da Silva, Biblioteca (1949)
Na pintura, o artista representa as coisas do mundo. E tudo pode ser representado na pintura, tal como nos livros. Do que havíamos de falar nos livros, na tela, na pedra, senão das coisas que fomos vivenciando e que criaram em nós o desejo de falar delas?
Como um grande poeta argentino escreveu, "o sabor da maçã não está na própria maçã - a maçã não se saboreia a si própria - nem na boca de quem a come. Requer um contacto entre as duas. O mesmo sucede a um livro ou a uma colecção de livros, a uma biblioteca"( Jorge Luís Borges). Escrevemos sobre o que conhecemos e lemos o que compreendemos. É o leitor que chega e dá cor às palavras, interpretando-as e recriando-as. É por isso que uma biblioteca pode tornar-se no espaço privilegiado de todas as viagens, onde o leitor tem acesso a todos os caminhos possíveis.