24 de junho de 2009

Boas Férias

Karen Cooper
É tempo de descansar, para muitos umas boas férias à beira-mar ou conhecendo outros lugares. Entretanto há quem não dispense um bom livro, uma outra maneira de viajar. Lá dizia Sophia de Mello Breyner, nas palavras de um dos filhos, que viajar também é olhar. Vindo de Sophia, só poderia querer dizer que viajar é ver. E porque a viagem da leitura também nos permite olhar e ver, às vezes de forma mais real do que a própria realidade, breve espero conseguir tempo para deixar aqui mais algumas sugestões de leitura para as férias.

Marcada

de P.C Cast & Kristin Cast

Zoey Redbird é uma adolescente de 16 anos que vive num mundo igual ao nosso, com uma única excepção: os vampiros não só existem como são aceites na sociedade.
Os humanos que são “marcados” pelos vampyros como sendo especiais entram na Casa da Noite, uma escola onde se vão transformar em vampiros ou, se o corpo o rejeitar, morrer.
Para Zoey, apesar do medo inicial, ser marcada é uma verdadeira bênção, porque ela nunca se sentiu encaixada no mundo normal e sempre sentiu que estava destinada a algo mais. Mas mesmo na nova escola a jovem sente-se diferente dos outros: é que a marca que a Deusa Nyx -Deusa dos vampiros - lhe fez é especial, mostrando que os seus poderes são muito fortes para alguém tão jovem. Na Casa da Noite, Zoey acaba por encontrar amizade e amor, mas também mentira e inveja. Afinal, nem tudo está bem no mundo dos vampiros e os problemas que pensava ter deixado para trás não se comparam aos desafios que tem pela frente.

Bárbara Herculano, 9ºB

22 de junho de 2009

História das Palavras

As mulheres e os homens estavam espalhados pela Terra. Uns estavam maravilhados, outros tinham-se cansado. Os que estavam maravilhados abriam a boca, os que se tinham cansado também abriam a boca. Ambos abriam a boca.
Houve um homem sozinho que se pôs a espreitar esta diferença - havia pessoas maravilhadas e outras que estavam cansadas.
Depois ainda espreitou melhor: Todas as pessoas estavam maravilhadas, depois não sabiam aguentar-se maravilhadas e ficavam cansadas.
As pessoas estavam tristes ou alegres conforme a luz para cada um - mais luz, alegres - menos luz, tristes.
O homem sozinho ficou a pensar nesta diferença. Para não esquecer, fez uns sinais numa pedra.
Este homem sozinho era da minha raça - era um Egípcio!
Os sinais que ele gravou na pedra para medir a luz por dentro das pessoas, chamaram-se hieróglifos.
Mais tarde veio outro homem sozinho que tornou estes sinais ainda mais fáceis. Fez vinte e dois sinais que bastavam para todas as combinações que há ao Sol.
Este homem sozinho era da minha raça - era um Fenício.
Cada um dos vinte e dois sinais era uma letra. Cada combinação de letras uma palavra.
Todos dias faz anos que foram inventadas as palavras.
É preciso festejar todos os dias o centenário das palavras.
Almada Negreiros (1893-1970)