13 de janeiro de 2009

Diário de Bordo

Vieira da Silva, Biblioteca (1949)

Na pintura, o artista representa as coisas do mundo. E tudo pode ser representado na pintura, tal como nos livros. Do que havíamos de falar nos livros, na tela, na pedra, senão das coisas que fomos vivenciando e que criaram em nós o desejo de falar delas?

Como um grande poeta argentino escreveu, "o sabor da maçã não está na própria maçã - a maçã não se saboreia a si própria - nem na boca de quem a come. Requer um contacto entre as duas. O mesmo sucede a um livro ou a uma colecção de livros, a uma biblioteca"( Jorge Luís Borges). Escrevemos sobre o que conhecemos e lemos o que compreendemos. É o leitor que chega e dá cor às palavras, interpretando-as e recriando-as. É por isso que uma biblioteca pode tornar-se no espaço privilegiado de todas as viagens, onde o leitor tem acesso a todos os caminhos possíveis.

1 comentário:

Anónimo disse...

Viajar é bom. Viajar com amigos é óptimo.Em gerúndio aplicado é fabuloso.
Abrir uma página destas e ser surpreendido com uma reprodução de uma obra de Vieira da Silva é excelente.
Uma casa cheia de amigos.Que mais se pode desejar.
Continuem viajando nesse cruzeiro de letras iluminado por um sol raro.