25 de maio de 2009

Cemitério de Pianos

de José Luís Peixoto

Esta obra literária de José Luís Peixoto é incrivelmente inspiradora. Por ser uma obra lírica, repleta de sentimentos e expressões, torna-se muito agradável e bonita. Apesar de ser um livro bastante confuso, pois são três histórias simultaneamente contadas, a de um avô, pai e filho, o que nos faz muitas vezes confundir as histórias de cada um deles. Mas, ao longo do tempo, aprendemos a dominar a história.

Cemitério de pianos é uma narrativa com três histórias encaixadas, em que a história principal é a do avô. O livro começa com a sua morte, contando a sua vida e o que vê no mundo no momento. O seu filho conta a história da sua vida, assim como o neto.

Três vidas diferentes em três épocas diferentes. Enquanto o avô conta a sua vida ou o que vê, o filho corre numa maratona dos jogos olímpicos e o neto trabalha numa oficina. Ao longo do livro, as suas vidas cruzam-se, confundindo o leitor e tornando a leitura complicada. Ambos trabalhavam numa oficina, onde havia uma espécie de cemitério de pianos, que era uma sala repleta de pianos estragados à espera do tempo. Nesse cemitério, esta família passou momentos inesquecíveis, desde amor, traições a descobrimentos. Nos jogos olímpicos, Francisco (filho) morre de exaustão e, nesse mesmo momento, o seu filho Francisco (neto) nasce.

Podemos dizer que esta obra lírica começa e acaba com a morte e a vida, repleta de sentimentos e emoções, de expressões, de palavras e versos maravilhosos.
Um dos livros mais bonitos (mas o mais difícil) que já li.
Isabel Revelles, 9ºB
Nota da prof.:
Pois é... os bons leitores precisam de asas para voar e estas não nascem entre paredes sagradas... é na relação com o outro que tudo começa... a Isabel foi à Biblioteca da Azinhaga e escolheu Cemitério dos Pianos, mas antes precisou de ser contagiada pelo bichinho da leitura... Estou ao dispor, para explicar melhor.

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